O Tribunal Regional de Berna-Mittelland, na Suíça, anulou a sentença que havia condenado o técnico Cuca, por ter feito sexo com uma menor de idade, ao lado de três jogadores, usando a violência. O fato ocorreu durante uma excursão internacional do Grêmio em 1987.
Segundo o jornal Folha de São Paulo, em 22 de novembro passado, a juíza Bettina Bochsler acatou a argumentação da defesa de Cuca de que o técnico foi condenado à revelia, sem representação legal, e que poderia ter um novo julgamento. Só que o Ministério Público suíço alegou que isso não seria possível dado que o crime estava prescrito, então sugeriu a anulação da pena e a extinção do processo.
Assim, Cuca não foi inocentado no mérito. Sua defesa afirma ter reunido dados suficientes para provar que ele não estuprou ou abusou de Sandra Pfäffli, 13, na noite do dia 30 de julho de 1987.
Em 28 de dezembro, a juíza deu o caso por concluído e ainda determinou o pagamento de 13 mil francos suíços (R$ 75 mil) em indenização a Cuca pelo caso, valor que foi baixado para 9.500 francos (R$ 55,2 mil) após desconto de custos processuais do caso julgado em 15 de agosto de 1989. A decisão foi divulgada nesta quarta (3).
No ano passado, após ser contratado pelo Corinthians, a história veio à tona, o que desencadeou protesto da torcida e muita pressão sobre a diretoria corinthiana. Depois de dois jogos, Cuca pediu demissão para tratar sobre o assunto.
“Hoje eu entendo que deveria ter tratado desse assunto antes. Estou aliviado com o resultado e convicto de que os últimos oito meses, mesmo tendo sido emocionalmente difíceis, aconteceram no tempo certo e de Deus”, afirmou o técnico, em nota.
Deu no Estadão