O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirma que a estatal planeja criar em 2024 a Petrobras China, uma subsidiária no país asiático para ‘facilitar’ as negociações entre os dois países. A ideia, diz o executivo em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast, é que a iniciativa seja anunciada por Luiz Inácio Lula da Silva durante as comemorações dos 50 anos do início das relações diplomáticas entre Brasil e China, ainda sem data definida.
“A nossa contribuição vai ser uma empresa brasileira-chinesa. O fato é que você vai internacionalizar a Petrobras”, disse. Segundo ele, a empresa já começou a retomada da internacionalização em 2023, “timidamente”, com prospecção em São Tomé e Príncipe.
“Já tivemos escritório na China, mas fecharam. A ideia é ter uma subsidiária que ancore todas as nossas áreas na Ásia, não de trading (compra e venda de petróleo), que fica em Cingapura, mas de construção, engenharia, parceria em nossas plantas de fertilizantes e de refino. É uma empresa para facilitar as negociações, um veículo de trabalho de negócios”, afirma Prates.
A Petrobras abriu o seu primeiro escritório na China em 2004, durante o primeiro mandato do presidente Lula, com objetivo de aumentar em dez vezes as exportações de petróleo para o país asiático, até então limitadas a 1% dos cerca de 200 mil barris diários exportados pela companhia brasileira na época. A unidade, porém, foi fechada pelo governo Bolsonaro, em 2019.
Deu no Estadão