O Pentágono anunciou nesta segunda-feira (18) uma coalizão militar de dez países para garantir a segurança e a liberdade de navegação no mar Vermelho diante dos recorrentes ataques dos rebeldes houthis do Iêmen.
Além dos Estados Unidos, a coalizão inclui Reino Unido, França, Espanha, Itália, Holanda, Canadá, Noruega, Bahrein e Seychelles, disse o chefe do Pentágono, Lloyd J. Austin, em um comunicado.
A coalizão atuará sob o nome Operação Guardião da Prosperidade e sob a égide da força naval internacional Forças Marítimas Combinadas (CMF).
A CMF é uma coalizão de 39 países, comandada pelo vice-almirante da Marinha dos EUA Brad Cooper, que visa proteger o fluxo de comércio e melhorar a segurança marítima nas diferentes regiões onde está presente.
Esses países abordarão conjuntamente os desafios de segurança no sul do mar Vermelho e no Golfo de Aden “com o objetivo de garantir a liberdade de navegação para todos os países e aumentar a segurança e a prosperidade regional”, de acordo com o Pentágono.
Austin disse que a escalada dos ataques dos rebeldes houthis “ameaça o livre fluxo do comércio, coloca em risco marinheiros inocentes e viola o direito internacional” em uma região que é “um importante corredor que facilita o comércio internacional”.
“Os países que buscam defender o princípio fundamental da liberdade de navegação devem se unir para enfrentar o desafio apresentado por esse ator não estatal que lança mísseis balísticos e veículos aéreos não tripulados (UAVs) contra navios mercantes de muitas nações que transitam legalmente em águas internacionais”, afirmou.
Austin, que esteve em Israel ontem, convocou uma reunião para esta terça-feira (19) com ministros da região e de outros países para tratar da situação no mar Vermelho.
Após o início da ofensiva de Israel na Faixa de Gaza, os houthis apoiados pelo Irã lançaram sequências de mísseis e drones contra o sul de Israel nos últimos dois meses, assim como contra navios com bandeira israelense ou de propriedade de empresas israelenses no mar Vermelho e no estreito de Bab al-Mandeb.
Deu na Gazeta do Povo