33% dos consumidores que irão comprar neste Natal estão inadimplentes, aponta pesquisa

 

Para um terço dos consumidores brasileiros, o vermelho do Natal tem um outro significado. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), nas 27 capitais do país, aponta que 33% das pessoas que planejam ir às compras neste fim de ano estão com contas em atraso, sendo que 69% estão com o nome sujo.

Ainda de acordo com o levantamento, 24% dos entrevistados têm o hábito de gastar mais do que podem, enquanto 9% planejam deixar de honrar algum compromisso para garantir os presentes. São mais de 15 milhões de consumidores que podem enfrentar inadimplência devido às compras de fim de ano e deixar de pagar contas básicas como internet (19%), TV por assinatura (17%), água ou energia (16%) e cartão de crédito (13%).

Daniel Carvalho, contador e sócio da Rui Cadete, destaca a necessidade de planejamento para manter o equilíbrio financeiro no final do ano. Ele enfatiza que a expectativa frequentemente associada ao 13º salário como uma renda adicional para as compras natalinas pode, por vezes, levar ao descuido com compromissos financeiros essenciais, como IPTU, IPVA e despesas escolares.

“Para conseguir se organizar financeiramente, não tem mistério; a regra é planejamento. É preciso, por exemplo, ter sempre em mente o seu orçamento mensal e anual. Essa consciência permite ao cidadão uma visão de todas as suas despesas fixas e, com isso, saber quanto pode ser investido em compras, poupança ou até mesmo viagens”, diz.

Os dados da CNDL revelam ainda que 13% dos consumidores que realizaram compras de final de ano em 2022 ficaram inadimplentes por causa das dívidas pendentes, sendo que 5% já limparam o nome e 8% seguem negativados devido às compras de Natal do ano passado. Em média, o valor das dívidas em atraso é de R$ 1.152.

“Uma boa estratégia para se organizar financeiramente e sair do vermelho é ter uma planilha de orçamento e, nela, contemplar as dívidas existentes com possíveis negociações que são propostas. Com isso, a pessoa consegue se controlar e não aumentar mais as suas dívidas. Neste cenário, contar com o auxílio de um especialista pode ser decisivo”, destaca o gestor da Rui Cadete.

Deu na Tribuna do Norte

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