O colapso do bairro do Mutange, em Maceió, em Alagoas, não aconteceu no começo da manhã desta sexta-feira (1º/12), como previsto inicialmente pelas autoridades, mas o afundamento da área é questão de tempo, segundo técnicos.
Nas últimas 48 horas foi registrado um afundamento de 1 metro e 6 centímetros do solo. Antes, esse afundamento vinha sendo de 50 cm por dia, segundo a TV Gazeta. O aumento de 3 cm para cada 24 horas foi considerado uma aceleração da movimentação.
Esse afundamento do solo é provocado por causa de uma das minas de sal-gema da indústria petroquímica Braskem, que criou espécies de “ocos” no subterrâneo, que foram preenchidos com um líquido, que vazou. Esses túneis foram construídos desde 1994.
O professor da UFAL Abel Galindo, engenheiro civil com mestrado em geotecnia pela UFPB, avalia que há uma grande probabilidade de o desabamento da mina 18 afetar também duas minas vizinhas, formando uma cratera em que caberia o estádio do Maracanã.
Colapso imediato
Por conta do risco imediato de colapso, houve a proibição da navegação na lagoa Mundaú, mas não há risco de tsunami, conforme informou o tenente-coronel Moisés Melo, do Corpo de Bombeiros, ao UOL. É só questão de tempo”, avaliou.
A Defesa Civil de Alagoas calcula que o tamanho da cratera após o desabamento será de no máximo 300 metros de diâmetro. No momento do colapso, é previsto tremores de terra na região, mas isso não deve provocar estragos nas construções ao redor, segundo as autoridades. Milhares de pessoas tiveram que sair de suas casas.
Fonte: Metrópoles com informações de g1