Imagens mostram ‘Clezão’ trabalhando em seu comércio no 8 de janeiro

 

O empresário Clériston Pereira da Cunha (46), o Clezão, que foi acusado de depredar prédios públicos e intentar um golpe de Estado, antes de morrer em virtude de comorbidades agravadas durante o período em que esteve sob a tutela do Estado, na Papuda (DF), sequer estava na Esplanada no horário em que as manifestações saíram do controle das forças de segurança atuantes na Praça dos Três Poderes.

A prova de que entre 15h40 e 16h – horário em que as manifestações explodiram na Esplanada- Clériston estava trabalhando consta nos autos do processo em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). São imagens do circuito de segurança da distribuidora pertencente à família.

O Diário do Poder teve acesso a peça. “No dia do fatídico, este se encontrava trabalhando até momentos antes de toda a ação, conforme imagens de monitoramento de sua Distribuidora (em anexo), o que é apto a comprovar que este é cidadão de bem, e não possui vínculo com atividades ilícitas”, escreveram os advogados de defesa. 

A defesa segue argumentando que o ônibus que conduziu o empresário com a sua família só chegou à Esplanada “após os atos de vandalismo dos quais o acusado não tomou parte”.

Ainda segundo os advogados, no momento em que foi preso, Clezão havia adentrado o Senado para se abrigar, em virtude da ação policial que contava com gás de pimenta e tiros de balas de borracha.

Até mesmo o ilustríssimo representante do Ministério Público Federal foi consciente em afirmar que não tem  provas de que o denunciado estava na esplanada”, afirmou a defesa em referência ao parecer da Procuradoria-Geral da República, que descartou flagrante acerca do acusado e recomendou que ele respondesse em liberdade por não apresentar risco à sociedade tão pouco apresentar potencial para tumultuar as investigações.

Além de argumentar sobre a inocência do empresário, os advogados também apontaram para os problemas de saúde pelos quais Clériston foi ‘sentenciado a morte’ mediante a omissão do Supremo em atender a recomendação da Procuradoria-Geral da República (PGR) para que o homem respondesse em liberdade. Pelo menos três laudos médicos mostravam que o preso tinha problemas cardíacos.

Deu no Diário do Poder

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