O secretário estadual de Fazenda, Carlos Eduardo Xavier, terá de se explicar mais uma vez diante dos deputados da Assembleia Legislativa. A Comissão de Administração da Casa aprovou nesta quarta-feira (25) uma nova convocação do chefe da pasta, que terá de fornecer detalhes sobre a situação financeira do Rio Grande do Norte.
De acordo com o presidente da Comissão, deputado Luiz Eduardo (Solidariedade), o colegiado havia encaminhado perguntas ao secretário acerca das finanças do Estado, mas as respostas enviadas não foram suficientes para sanar todas as dúvidas. Por essa razão, o parlamentar requereu a convocação, que foi aprovada à unanimidade pelos presentes.
“A resposta que foi enviada pela Secretaria da Fazenda não contempla as nossas necessidades”, disse Luiz Eduardo.
Em seu requerimento, que foi feito de forma verbal na comissão, o parlamentar solicita informações sobre a dívida líquida do Estado, a planilha de arrecadação do Governo com o Refis, além das razões para a nova suspensão dos empréstimos consignados dos servidores estaduais.
O deputado Luiz Eduardo demonstrou preocupação diante da nova suspensão dos consignados pelas instituições financeiras. A razão do bloqueio, assim como das outras vezes, se deu devido a atrasos nos repasses do Governo do Estado para os bancos. O governo planeja regularizar os pagamentos até 30 de outubro, com a possibilidade de suspensões e retomadas até dezembro.
“Daqui a pouco os servidores estão negativados novamente e é um dinheiro novo que deixa de circular no mercado local, num comércio tão sofrido que está o comércio de Natal e do Rio Grande do Norte. A gente passa às 18h na Cidade Alta e é um verdadeiro deserto, a única coisa que tem de comércio aqui a partir das 18h é o comércio de drogas”, lamentou Luiz Eduardo.
O deputado estadual Tomba Farias também reclamou do não envio, por parte do governo estadual, de informações solicitadas pelos parlamentares. “A gente pediu informações sobre quanto foi arrecadado do Refis. O deputado não tem direito de saber quanto foi arrecadado, de saber para onde foi o dinheiro? Isso é a coisa mais lógica do mundo. O que custa o secretário dizer quanto foi arrecadado?”, questionou o deputado, lembrando que é papel do Poder Legislativo fiscalizar o Executivo.
Deu no Portal da 98