Rebeca Andrade escreveu de vez seu nome na história da ginástica neste domingo. Finalista em dois aparelhos, a brasileira abriu o último dia de competições na Antuérpia com bronze na trave, único que faltava no currículo. Com uma apresentação quase sem erros, a brasileira ficou atrás apenas da chinesa Yaqin Zhou, com a prata, e Simone Biles, com o ouro. Na apresentação do solo, levantou a arquibancada na arena Sportpaleis com a nova coreografia, levando mais uma prata para casa, e com a honra de dividir o “pódio do sonho” ao lado de Flávia Saraiva, com o bronze. Simone Biles levou o ouro no solo e na trave, somando 23 ouros em mundiais.
O Brasil encerrou a participação com número histórico: seis medalhas no total, com um ouro (salto), três pratas (individual geral, solo, equipes) e bronze (trave e solo). É também a primeira vez que duas brasileiras dividem o mesmo pódio num aparelho.
Recordes de Rebeca e do Brasil
São vários recordes quebrados na edição de 2023 do Mundial de Ginástica. O primeiro foi em número de medalhas numa mesma edição ( seis), quebrando o recorde do Brasil em Liverpool, em 2022, quando havia conquistado três. As cinco de Rebeca a colocam no seleto grupo de ginastas mundiais que ao longo da carreira conquistaram medalha em todos os aparelhos, na 11ª colocação, atrás de lendas como Larisa Latynina e Olga Korbut, da antiga União Soviética, de Alyia Mustafina, da Rússia, e uma posição apenas atrás de Simone Biles.
Dentro do grupo de atletas brasileiros mais medalhados da história numa mesma edição de Mundial, Rebeca conquistou o mesmo número de medalhas que César Cielo no Mundial de piscina curta, em 2014, no Catar. Ana Marcela Cunha segue sendo o maior nome feminino em número total de medalhas, com 16 em campeonatos mundiais de águas abertas. São sete de ouro, duas de prata e sete de bronze em oito edições de 2010 para cá.
Deu no G1