Fentanil: epidemia de droga que transforma usuários em ‘zumbis’ mata 72 mil nos EUA

Fentanil é usado em anestesias e como analgésico

 

Os Estados Unidos enfrentam uma epidemia com o aumento do consumo de opioides — drogas ou medicamentos derivados do ópio —, especialmente o fentanil, substância que tem se mostrado a mais mortal no país nos últimos anos.

Entre março de 2022 e março de 2023, foram registradas 110 mil mortes por overdose nos Estados Unidos. Dois terços delas, cerca de 72 mil, estão relacionados ao uso de fentanil, de acordo com o Centro de Controle de Doenças (CDC). Para efeito de comparação, dados preliminares divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que, em 2022, morreram 32.174 pessoas no trânsito brasileiro — que é considerado um dos mais violentos do mundo.

É o próprio CDC que classifica a situação como epidemia. Como outros opioides, o fentanil surgiu com fins médicos, como analgésico e anestésico. Como a medicação provoca dependência e sua venda é restrita, traficantes começaram a produzir o entorpecente ilegalmente. Para os criminosos, foi só vantagem: o fentanil é mais barato de ser produzido do que outras drogas e é de 50 a 100 vezes mais potente do que a morfina, outra substância opioide.

Para os usuários, o prejuízo é imenso. O fentanil é frequentemente chamado de droga zumbi, porque causa depressão respiratória — um efeito colateral do consumo elevado da substância — e deixa as pessoas em um estado de semiconsciência, como se fossem mortos-vivos. O problema se agravou nos últimos anos com a chegada da “tranq”, mistura de fentanil com a substância xilazina, que potencializa os efeitos.

Deu no R7

Deixe um comentário

Rolar para cima