O professor Vitaly Melnikov era o cientista responsável pelo Departamento Espacial da Rússia e chefiou o desenvolvimento e envio da sonda Luna-25, que se espatifou na superfície da Lua em agosto e lançou vergonha sobre o programa espacial do país comandado por Vladimir Putin. Agora chega a informação de que Melnikov, de 77 anos, morreu de maneira suspeita após ser envenenado por cogumelos não-comestíveis, segundo o jornal russo Moskovsky Komsomolets.
A publicação diz que médicos tentaram salvar o cientista que lutava havia duas semanas contra o envenenamento severo. Outros veículos europeus contam que não se sabe ainda como Melnikov foi intoxicado. Ele morreu na última quarta-feira (30).
O cientista morto era bastante respeitado na comunidade científica espacial. Ele escreveu 291 artigos sobre o assunto e já colaborou algumas vezes com a Nasa e também com agências de outros países.
A explosão da Luna-25 foi um problema grave para a Rússia, que tentava chegar à Lua novamente após quase 50 anos e pretendia usar o feito como propaganda positiva e dissipar um pouco os efeitos da guerra contra a Ucrânia. Três dias depois de a sonda russa ser destruída, a Índia conseguiu pousar sua nave no satélite natural da Terra, obtendo sucesso mundial onde a Rússia fracassou.
O caso de Melnikov é mais um na série de mortes suspeitas ocorridas na Rússia nos últimos anos. Em dezembro, Vladimir Nesterov, engenheiro responsável pelo foguete russo Angara, morreu, aos 74 anos.
Além destas mortes de pessoas ligadas ao programa espacial russo, há outros casos em que desafetos de Putin perderam a vida. O caso mais recente é o acidente aéreo que matou Yevgeny Prigozhin, mercenário do grupo Wagner que se rebelou — mas voltou atrás posteriormente — contra Moscou há cerca de dois meses. Com este movimento, Prigozhin passou de aliado do presidente russo a traidor. Sua morte é investigada e o governo da Rússia nega qualquer tipo de envolvimento com o caso.
Deu no R7