CPI investiga gasto milionário com sem-terra no governo de Alagoas

 

A Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o Movimento dos Trabalhadores sem Terra (CPI do MST) aprovou a investigação de gastos milionários do governo de Alagoas com manifestações e mobilizações políticas de movimentos de luta pela reforma agrária no estado. E convocou para depor o diretor-presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), Jaime Messias Silva, e de José Rodrigo Marques Quaresma, que foi gerente executivo administrativo do mesmo órgão, à época em que iniciaram contratos investigados.

O avanço das investigações é resultado da diligência da CPI do MST realizada em 11 de agosto, no Iteral, quando obtiveram documentos que comprovam que o governo estadual financia alimentação, aquisição de lonas e aluguéis de ônibus para movimentos sociais realizarem seus atos no território alagoano. Sendo o contrato mais vultoso um que resultou na destinação de cerca de R$ 6 milhões a uma única empresa de locação de ônibus, sem licitação, ainda no governo do senador licenciado e ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB).

O deputado federal Fabio Costa (PP-AL) foi o membro da CPI do MST apresentou os requerimentos de convocação dos dirigentes do Iteral e ressalta a importância de esclarecer suas suspeitas de desvios de recursos públicos para financiar atos do MST e as ligações políticas dos manifestantes com o Estado. E quer debater a responsabilização dos gestores estaduais pelo uso impróprio de dinheiro público para o movimento que classifica como  fomentador de atividades criminosas no campo, que têm causado intranquilidade e insegurança no meio rural.

“Não podemos permitir que recursos destinados ao desenvolvimento e ao bem-estar da sociedade sejam canalizados para práticas ilícitas que prejudicam a ordem e a segurança em nosso país”, afirma Fabio Costa.

Provas de despesas

Após a diligência de agosto, a CPI do MST divulgou parte dos processos do Iteral que financiam atos de acampamentos e mobilizações, em Maceió e em municípios do interior de movimentos como a Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade (FNL) e Via do Trabalho, além do próprio MST, ocorridos entre 2017 e 2020, e continuado no governo do afilhado político de Renan Filho, o governador Paulo Dantas (MDB).

Deu no Diário do Poder

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