Após não comparecer em duas sessões da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Criptomoedas na semana passada, Ronaldinho Gaúcho foi à Câmara dos Deputados para prestar depoimento, nesta quinta-feira, 31. Acompanhado de seu irmão, Roberto de Assis, o ex-jogador negou ser fundador e sócio-proprietário da empresa 18k Ronaldinho, acusada de trabalhar com criptomoedas e que prometia a seus clientes rendimentos de até 2% ao dia.
Segundo a lenda da seleção brasileira e do Barcelona, sua imagem foi utilizada indevidamente pelos empresários Rafael Honorário e Marcelo Lara para promover o negócio. De acordo com o “Bruxo”, a dupla teria usado suas fotos de um contrato anterior para realizar a ação ilícita. Ainda conforme relato do ex-atleta, ao perceber o movimento, a relação com Rafael e Marcelo foi rompida. Apesar do discurso, Ronaldinho não respondeu diversas perguntas dos parlamentares, preferindo permanecer em silêncio. Ele ainda afirmou que irá processar os empresários.
“Logo após a assinatura deste contrato, chegou ao conhecimento do meu irmão que o senhor Marcelo estava utilizando indevidamente a minha imagem numa empresa sem qualquer autorização. Ele registrou na junta comercial uma empresa de nome 18k Ronaldinho. Meu irmão soube que tal empresa estaria trabalhando com a compra e venda de moedas digitais bitcoins. Portanto, jamais foi contratada qualquer prestação de serviço com a 18K. Nunca foi autorizado que a empresa utilizasse meu nome e a minha imagem. Na verdade, eu fui vítima dos senhores Rafael e Marcelo, ora investigados pelo MP e pela polícia. Eles utilizaram minha imagem captada para promoção de relógios indevidamente. Eu vi o senhor Marcelo Lara em duas ou três vezes. O senhor Rafael eu sequer recordo de ter conhecido”, declarou Ronaldinho Gaúcho.
Além disso, Ronaldinho negou qualquer envolvimento com a empresa LBLV, também alvo da CPI das Criptomoedas. “Sobre a empresa LBLV, eu não conheço ninguém desta empresa, nunca tive contato direto com ninguém e a campanha de marketing para esta empresa foi contratada pela agência de publicidade Taylor Media LTD. Tal empresa é radicada em Israel e possui a conta de marketing da LBLV. Meu irmão negociou o contrato da empresa Taylor Media LTD. Enfim, foi firmado contrato de sessão temporária de direito de imagem para promover a marca da empresa LBLV. Prestei declarações à PF de Pernambuco, auxiliando no inquérito. Repito: nunca tive contato direto com ninguém da empresa e o contrato durou dois anos”, declarou o ex-jogador.
Deu na Jovem Pan