
Foto: Magnus Nascimento
A estação de trem de Nísia Floresta entrou em operação experimental. Segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), a operação foi iniciada nesta segunda-feira (24).
Segundo a CBTU, a empresa aguardava que a construtora, responsável pela obra, cumprisse a notificação que apontava inconformidades nos serviços executados. Porém, com a não realização dos serviços por parte da empresa contratada, a própria companhia realizou os reparos prioritários nas instalações elétricas e hidráulicas, para que a operação fosse possível.
Sem os equipamentos de registro de usuários (catracas), o período de viagem experimental não terá cobranças aos usuários. O caratér experimental será revogado no momento em que todas as irregularidades forem solucionadas.
A CBTU relatou, no último dia 16, ter identificado, após o recebimento da obra, “inconformidades nas instalações da estação” e que, por isso, “o trem ainda não começou a circular até Nísia Floresta”. De acordo com nota enviada pela Companhia, o consórcio Vipetro/Domo, responsável pela obra, foi notificado no último dia 7 para correção das “inconformidades encontradas nos serviços executados, tais como drenagem, instalações prediais, segurança (porta de emergência) e no controle de entrada e saída de usuários (catraca)”.
Segundo a Companhia, do ponto de vista técnico e operacional, “a empresa está pronta para iniciar as viagens até a Estação Nísia Floresta, as quais já estão incluídas na programação da grade horária”. De acordo com a empresa, “até momento, o Consórcio não cumpriu a notificação enviada. Tão logo as inconformidades sejam sanadas, a CBTU informará a toda a população a data de início da operação do trecho”.
Procurado, o consórcio Vipetro/Domo confirmou ter entregado a obra, mas alegou não poder responder a nenhum questionamento por conta de questões contratuais junto à CBTU. Enquanto o serviço não chega, os moradores reclamam e se dizem frustrados com a situação.
Linha Roxa
A falta de informações sobre os prazos de operação das três estações de trem que compõem a Linha Roxa – que vai ligar a Região Metropolitana de Natal aos municípios de São Gonçalo do Amarante e Extremoz – tem gerado reclamações por parte da população que enfrenta dificuldades para se deslocar na área.
A construção da Linha Roxa teve início em setembro de 2021. Com aporte de R$ 18,7 milhões do Governo Federal, o empreendimento contempla a instalação de 4,1 quilômetros de trilhos e a construção das três estações. A previsão é que 2 mil pessoas sejam atendidas diariamente pelo ramal. A previsão de conclusão, conforme divulgado pela CBTU em 2022, era para fevereiro deste ano.
Já a Linha Branca inclui a construção das estações do Bonfim, São José de Mipibu e Nísia Floresta, que fazem parte dos trechos II e III, ao sul da Região Metropolitana. As duas etapas contam com R$ 51,6 milhões em investimentos federais e terão com 20 novos quilômetros de via.
Leia a nota da cbtu
“Sobre o início da operação experimental para Nísia Floresta, até o momento, a Companhia aguardou que a construtora, responsável pela obra, cumprisse a notificação que apontava inconformidades nos serviços executados, tais como, drenagem, instalações prediais, segurança (porta de emergência) e no controle de entrada e saída de usuários (catraca).
Diante disso, a CBTU realizou os reparos prioritários nas instalações elétricas e hidráulicas, a fim de dar condição ao funcionamento da Estação Nísia Floresta, que passou a operar em caráter experimental a partir desta segunda-feira (24).
Informamos que durante esse período de viagem experimental não haverá cobrança da passagem aos cidadãos, uma vez que o equipamento de registro de usuários (catraca) ainda não está em funcionamento”.
Informações da TN