No depoimento que concedeu à Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (19), o senador Marcos do Val (Podemos-ES) reafirmou que o plano de gravar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), partiu do ex-deputado federal Daniel Silveira. O senador foi ouvido por três delegados da corporação por aproximadamente seis horas.
Na oitiva, o parlamentar citou a reunião que teria ocorrido em dezembro de 2022 entre ele, Silveira e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e disse que a ideia do encontro teria sido do ex-deputado. Segundo Marcos do Val, foi Silveira quem apresentou na reunião a ideia de “gravar e sabotar” Moraes. O senador ressaltou, porém, que Bolsonaro apenas ouviu a proposta e não se manifestou.
Questionado sobre a mudança de versões entre a primeira vez que falou sobre o caso, na revista Veja, e entrevistas posteriores, o senador disse que “percebendo que havia feito essas acusações infundadas, em um momento de raiva, resolveu desdizê-las em várias manifestações posteriores, em diferentes meios de comunicação”.
Na primeira declaração dada pelo senador sobre a suposta trama de golpe, o parlamentar acusou Bolsonaro de tê-lo convidado a participar. Posteriormente, porém, do Val passou a dizer que teria sido Daniel Silveira o responsável e que Bolsonaro teria ficado em silêncio.
Em seu depoimento, no último dia 12 de julho, Bolsonaro negou que qualquer plano de gravar Moraes tivesse sido discutido na reunião com Silveira e do Val. O ex-presidente disse ainda não saber se a iniciativa da reunião foi de do Val ou de Silveira e que “não teve contato anterior” com o senador.
Deu no Pleno News