AVC exige atendimento imediato; saiba como reconhecer os sinais

Pacientes com AVC devem ser rapidamente socorridos

 

O AVC (acidente vascular cerebral) é um evento de saúde grave que, de acordo com dados do portal de Transparência do Registro Civil, mantido pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais, matou 87.518 brasileiros, de 1º de janeiro até 13 de outubro de 2022.

Os AVCs podem ser divididos em dois tipos: isquêmico e hemorrágico.

De acordo com o Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento, o AVC isquêmico é o mais comum, correspondendo a cerca de 80% dos casos. Esse tipo ocorre quando uma das artérias cerebrais é bloqueada, geralmente por um coágulo sanguíneo, impedindo o fornecimento de sangue e oxigênio ao cérebro.

Os sintomas geralmente se desenvolvem rapidamente e podem progredir ao longo de minutos a horas.

Já o AVC hemorrágico corresponde aos outros 20% e acontece por sangramentos no cérebro ou ao redor dele, devido ao rompimento de um vaso sanguíneo, interferindo na irrigação do órgão.

Em ambos os casos, médicos afirmam que os sintomas mais comuns são:

• fraqueza súbita ou dormência no rosto, braço ou perna, geralmente em um lado do corpo;
• dificuldade repentina de falar ou compreender a fala;
• confusão mental repentina ou dificuldade de entender as coisas;
• alterações súbitas na visão, como visão turva, perda de visão em um ou ambos os olhos ou visão dupla;
• tontura ou perda de equilíbrio, coordenação ou dificuldade para andar; e
• dor de cabeça súbita e intensa, muitas vezes sem causa aparente.

Algumas condições de saúde também podem imitar ou apresentar sintomas parecidos com os de AVC. Entre eles, estão:

• Enxaqueca — A enxaqueca pode causar dor de cabeça intensa e repentina, náuseas, vômitos e distúrbios visuais, podendo ser semelhante aos sintomas de um AVC. No entanto, a principal diferença é que os sintomas de enxaqueca geralmente se desenvolvem gradualmente e podem durar horas ou até mesmo dias, e o do AVC tem início súbito.

• Crise epiléptica — Durante uma crise epiléptica, uma pessoa pode ter movimentos involuntários, perda de consciência e confusão mental. Esses sintomas podem ser confundidos com um AVC, especialmente se houver fraqueza ou dormência associada. Porém, na crise epiléptica, os movimentos involuntários são mais importantes, enquanto no AVC, a fraqueza ou dormência é mais persistente.

• Hipoglicemia  Baixos níveis de açúcar no sangue podem levar a sintomas como fraqueza súbita, confusão, dificuldade em falar e tontura, podendo trazer confusão quanto a um AVC. A verificação dos níveis de açúcar no sangue pode ajudar a diferenciar entre as duas condições.

Em todos os casos, os médicos alegam que o quadro é uma urgência médica e, ao menor sinal que possa trazer suspeita, é imprescindível que essa pessoa seja encaminhada ao pronto-atendimento hospitalar.

Entre os procedimentos realizados para identificar o quadro, estão a avaliação clínica, na qual o paciente detalha os sintomas e são verificadas a pressão arterial e são feitos testes para verificar a função cerebral.

Ainda, o médico pode questionar sobre fatores de risco para um AVC, como diabetes e hipertensão arterial. Depois, o paciente é submetido a exames de imagem, como a tomografia computadorizada ou a ressonância magnética, permitindo identificar lesões no cérebro, isquemias ou hemorragias.

Por fim, podem ser solicitados exames laboratoriais, como o exame de glicemia ou função renal, de modo a identificar condições que aumentem os riscos do AVC.

O tratamento para o AVC dependerá do tipo da ocorrência e da gravidade dos sintomas.

Para o AVC isquêmico, Nuto afirma que existem duas possibilidades: a terapia trombolítica, em que são administrados medicamentos para dissolver o coágulo e restaurar o fluxo sanguíneo, em até quatro horas e meia após o início dos sintomas.

Em quadros que o coágulo não pode ser dissolvido, são realizadas trombectomias mecânicas, procedimento em que catéteres retiram o coágulo para que o sangue possa voltar a passar.

Já para o AVC hemorrágico, são realizadas cirurgias para conter o sangramento, bem como o monitoramento e o controle de pressão arterial.

Para evitar o acontecimento dos famosos derrames, os médicos orientam controlar os fatores de risco.

Assim, é recomendado manter o controle de hipertensão arterial e diabetes, manter níveis adequados de colesterol, limitar o consumo de bebidas alcoólicas, parar de fumar, adotar uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos e manter o peso adequado.

Fonte: R7

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