A vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, votou para tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível, por oito anos, nesta sexta-feira, 30. Ela absolveu o general Braga Netto.
Logo no início da sessão, Cármen antecipou a conclusão do voto, sem lê-lo na íntegra, e informou que segue Benedito Gonçalves, relator da ação movida pelo PDT, que condenou Bolsonaro.
No momento, o placar está em 4×1. Por ora, apenas o ministro Raul Araújo votou a favor de Bolsonaro. Faltam ainda votar os ministros Nunes Marques e Alexandre de Moraes.
Ação que pede Bolsonaro inelegível tem argumentos fracos
Um processo com argumentos fracos que fere a liberdade de expressão. É o que afirma o jurista Dircêo Torrecillas Ramos, membro da Academia Paulista de Letras Jurídicas, a respeito do processo.
“A ação para tornar Bolsonaro inelegível não tem substância”, afirmou Ramos. “As acusações do partido ferem a liberdade de expressão. Como presidente da República, Jair Bolsonaro tinha ainda o direito de se reunir com representantes de outros países para falar o que quisesse. No que diz respeito ao encontro com embaixadores, ele convidou o então presidente do TSE, ministro Luiz Edson Fachin, que não quis comparecer. Nada havia a esconder, portanto. Dessa forma, a afirmação segundo a qual Bolsonaro cometeu abuso de poder não se sustenta.”
Deu na Oeste