O Grupo Wagner, formado por paramilitares russos, anunciou na sexta-feira 23 uma campanha para destituir o ministro de Defesa da Rússia e deu início a uma rebelião armada no país.
Até então aliado de Vladimir Putin e atuante no conflito contra a Ucrânia, o grupo acusou o governo russo de atacar um acampamento da organização e voltou-se contra o Kremlin, prometendo retaliações.
Liderado pelo oligarca Yevgeny Prigozhin, próximo do governo, o Grupo Wagner — uma empresa privada russa — foi fundado em 2014. Estima-se que cerca de 20 mil mercenários façam parte da organização. A imprensa internacional fala que o crescente número de homens inclui prisioneiros, civis russos e estrangeiros.
Sob orientação não explícita do Kremlin, o grupo executou ações em conflitos e guerras civis. Uma das primeiras missões que realizou foi na península da Crimeia, quando mercenários com uniformes sem identificação ajudaram forças separatistas apoiadas pela Rússia a tomar a região, em 2014. A organização paramilitar chegou a ser alvo de sanções dos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia.
Ucrânia
Em fevereiro de 2022, depois da invasão da Ucrânia pela Rússia, o governo Putin usou os mercenários no conflito. A participação deles ocorreu em batalhas importantes, como em Bakhmut, cidade no leste ucraniano.
A organização paramilitar também já atuou na África, reforçando a segurança de mineradoras russas. Há informações segundo as quais combatentes do ajuntamento também lutaram na Síria.
Agora, com o desentendimento e a promessa de retaliação pela organização, o governo russo instaurou uma investigação contra o Grupo Wagner, por “suspeita de organizar uma rebelião armada”.
Na madrugada deste sábado, 24, na Rússia, o Wagner afirmou que seus homens chegaram a Rostov e não encontraram resistência dos militares do Exército oficial russo.
Deu na Oeste