O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-RS) foi convocado para depor sobre declarações do advogado Rodrigo Tacla Duran, réu por lavagem de dinheiro em favorecimento da construtora Odebrecht. O agora ex-parlamentar será ouvido na condição de testemunha, em 19 de junho, na 13ª Vara Federal, em Curitiba.
Eduardo Appio, juiz responsável pela força-tarefa , pretende analisar qual a proximidade de Dallagnol com Walter José Mathias Junior, procurador responsável pelos casos de Duran. Este último citou o nome de Dallagnol, ao acusar Mathias Junior de suspeição e dizer que ele atua de forma parcial. Segundo Tacla Duran, o procurador não deveria estar no seu caso por ter proximidade com Dallagnol, ex-procurador da Lava Jato.
Tacla Duran ainda fez acusações contra o ex-deputado e contra o senador Sergio Moro (União-PR). Ele alegou que teria sido alvo de perseguição, por não aceitar ser extorquido durante o processo em que é réu. Tacla Duran afirmou também que foi procurado por uma pessoa que atuou na campanha eleitoral de Moro, e também por um advogado ligado à mulher dele, deputada federal Rosangela Moro (União Brasil-SP). Eles teriam oferecido um acordo de delação premiada durante as investigações.
O despacho do juiz Eduardo Appio se deu três dias depois que Dellagnol teve seu mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Deu na Oeste