Fenômeno dos últimos dois anos especialmente, a saída das grandes lojas da Cidade Alta traz impactos, como em um efeito dominó, para quem ainda tenta sobreviver no bairro.
O fechamento das chamadas lojas-âncora afugentou clientes e obrigou várias outras pequenas empresas a também deixarem a região. Passado o período crítico da pandemia de covid-19, que levou à suspensão das atividades econômicas em todo o Estado, o fluxo de pessoas em alguns pontos comérciais da Cidade Alta chegou a cair 70%, de acordo com relatos de comerciantes do local.
Araújo, a exemplo de Márcio, atribui o mal momento do comércio do bairro à saída das grandes lojas. “A gente vem nadando contra a maré, porque, sem público, não há como vender. E aí, começa uma bola de neve: as vendas caem, o faturamento reduz e o quadro de funcionários diminui. A movimentação na Cidade Alta está horrível, sem nenhum atrativo. As âncoras, que movimentavam muito o bairro, foram embora. Hoje, apenas algumas agências bancárias instaladas por aqui há muito tempo é quem conseguem trazer pessoas para cá”, detalha.