
O Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (COB) tomou decisões duras envolvendo a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e o oposto Wallace de Souza. Nesta terça-feira, o conselho decidiu suspender por seis meses a CBV, que havia permitido que o atleta jogasse a final da Superliga no domingo passado e, assim, desrespeitasse a suspensão que o órgão tinha aplicado em abril e terminaria apenas nesta quarta-feira.
Na decisão publicada nesta terça e aprovada por unanimidade, o CECOB também suspendeu por um ano o presidente da CBV, Radamés Lattari Filho, de todas as atividades esportivas vinculadas ao COB e recomendou que o Banco do Brasil e o Ministério do Esporte cortem todos os repasses financeiros à CBV por seis meses.
Radamés é vice-presidente da CBV, mas comandava a entidade interinamente desde que o presidente Walter Pitombo Laranjeiras, o Toroca, se afastou do cargo em janeiro deste ano em decorrência de problemas de saúde. Agora, quem assume é Igor Ribeiro Dantas, presidente da Federação do Rio Grande do Norte.
O Conselho de Ética do COB também decidiu aumentar consideravelmente a pena de Wallace, que antes sido punido com 90 dias para clubes e de um ano em relação à seleção brasileira. Agora, o oposto, caso seja mantida a punição, pode encerrar sua carreira aos 35 anos, visto que está suspenso por cinco anos nos dois cenários.
Wallace só entrou em quadra no domingo e foi campeão da Superliga pelo Cruzeiro, graças a uma liminar concedida pelo STJD. Depois do jogo, ele disse que errou ao perguntar aos seus seguidores quem daria um tiro em Lula e agradeceu as pessoas que o apoiaram. “Cometi um erro fora de quadra, do qual me desculpei, me arrependi. Não desejo que nenhum atleta passe por isso”, afirmou.
Outra sugestão do CECOB é para o Tribunal de Contas da União (TCU) fazer uma tomada de contas especial sobre os valores públicos federais investidos na CBV.
Deu na Tribuna do Norte