As negociações para a composição da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro estão a todo o vapor no Congresso. Faltando apenas um dia para a leitura do requerimento, os partidos estão articulando todas as fichas para garantir um lugar no colegiado, principalmente o governo e a oposição — que buscam a presidência ou a relatoria da CPMI.
O Senado e a Câmara já decidiram quais papeis vão desempenhar, pois se trata de uma comissão mista (com deputados e senadores). O Senado garantiu a presidência da comissão. Já a Câmara a relatoria.
Os possíveis nomes escolhidos para os dois cargos mais importantes da CPMI ainda estão sendo negociados. O governo deve garantir um membro na presidência. Enquanto o relator será um dos integrantes do “superbloco” do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Nos bastidores, o nome do deputado federal André Fufuca (PP-MA) é o mais cotado para ser o relator da CPMI.
O PL, que é oposição ao governo petista, já escolheu os membros que serão indicados ao colegiado. São eles os deputados federais: André Fernandes (CE), Eduardo Bolsonaro (SP) e Delegado Ramagem (RJ). No Senado, a sigla pretende indicar Jorge Seif (SC) e Magno Malta (ES). Todos deve ser titulares.
Em contrapartida, o governo deve selecionar os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Humberto Costa (PT-PE), Renan Calheiros, Randolfe Rodrigues e o deputado federal André Janones (Avante-MG). A CPMI deve durar quatro meses.
Em paralelo a CPMI do 8 de janeiro, as Comissões Parlamentares de Inquéritos (CPIs) das Americanas e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto também devem ser instauradas nesta semana.
Deu na Oeste