Em nova polêmica, Lula associa jogos eletrônicos à ataques nas escolas

Roque Sá | Agência Senado

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se envolveu em mais uma polêmica nesta terça-feira (18).

O petista afirmou que os jogos eletrônicos são fatores que têm contribuído para o aumento dos ataques violentos em escolas do Brasil. A fala ocorreu em uma reunião com governadores, ministros e representantes do Poder Judiciário e Legislativo.

De acordo com ele, os jogos eletrônicos influenciam negativamente as crianças.

Entre outras coisas, o mandatário chegou a dizer que não fala sobre amor ou educação, mas em estímulos que levam à matança. Lula disse ainda que os jogos têm levado a mais mortes do que na Segunda Guerra Mundial, e que cada vez mais crianças passam horas jogando esses jogos.

O esquerdista também criticou a interação online com jogadores de outros países, argumentando que todos esses fatores contribuem para a violência nas redes de ensino.

A correlação entre jogos eletrônicos e violência não é um assunto novo. Muitos políticos e figuras públicas já afirmaram que os jogos são, de alguma forma, responsáveis pelo aumento da criminalidade, sem apresentar nenhum fato concreto.

Em 2021, o político norte-americano Marcus C. Evans Jr. apresentou uma emenda para proibir jogos como GTA no estado de Illinois, argumentando que eles promovem a criminalidade.

Recentemente, no Brasil, o deputado Zé Trovão (PL/SC) pediu ao governo federal a suspensão da circulação de jogos com conteúdo violento no país. No entanto, vários estudos indicam que não há uma causalidade direta entre jogos eletrônicos e violência.

Embora algumas pessoas possam se inspirar em jogos violentos para cometer crimes, há muitos outros fatores que influenciam diretamente no comportamento criminoso.

Em 2020, um estudo da Associação de Psicologia Americana concluiu que “atribuir a violência aos jogos eletrônicos não é científico e desvia a atenção de outros fatores, como um histórico de violência”. Logo, a ligação entre jogos eletrônicos e violência ainda é um assunto controverso e sujeito debates aprofundados.

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