A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou a favor da revogação da prisão do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres. Em parecer enviado nesta segunda-feira, 17, ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a PGR alegou que outras medidas podem ser adotadas a partir de agora — que não a reclusão.
“Considerando o cenário atual das investigações, existem medidas cautelares diversas da prisão que cumprem de forma mais adequada as finalidades em tela”, afirmou o subprocurador Carlos Frederico Santos no documento enviado a Moraes, segundo informações da Agência Brasil. Nesse sentido, o Ministério Público concorda com a defesa de Torres. Ao STF, os advogados do ex-ministro afirmaram que ele não oferece riscos, e que, assim, a prisão preventiva deveria ser substituída por medidas cautelares.
De acordo com Santos, algumas medidas cautelares como alternativa à prisão preventiva seriam, por exemplo:
- Uso de tornozeleira eletrônica;
- Proibição de sair do Distrito Federal;
- Não manter contato com outros investigados; e
- Permanecer afastado da função de delegado da Polícia Federal.
No pedido de soltura encaminhado a Moraes, a defesa de Torres alega que a prisão tem provocado transtornos para ele e para a família dele. Os advogados alegam, nesse sentido, que o ex-ministro já perdeu mais de 10 quilos.
“Após a decretação da custódia cautelar do requerente, suas filhas, infelizmente, passaram a receber acompanhamento psicológico, com prejuízo de frequentarem regularmente a escola. Acresça-se a isso o fato de a genitora do requerente estar tratando um câncer. O postulante, de seu turno, ao passo que não vê as filhas desde a sua prisão preventiva, entrou em um estado de tristeza profunda, chora constantemente, mal se alimenta e já perdeu 12 quilos”, afirmam os advogados de Torres.
Não há prazo definido para Alexandre de Moraes avaliar o parecer da PGR sobre a situação de Anderson Torres.
Deu na Oeste