A maior empresa que atuava no Porto de Natal realizou a última operação no terminal potiguar neste fim de semana. O último navio com carga da empresa francesa do transporte marítimo CMA CGM partiu da capital na manhã do domingo (16). A partir de agora, a empresa vai atuar no Porto de Mucuripe, em Fortaleza.
De acordo coma Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern), que administra o Porto, essa saída representa uma queda de cerca de 60% de todas as operações do terminal e um prejuízo à Codern de cerca de R$ 5 milhões anuais. As cargas eram de exportação de frutas frescas para a Europa.
A saída foi comunicada pela empresa ao governo do Rio Grande do Norte no ano passado. De acordo com o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico do Estado, Sílvio Torquato, o governo tentou convencer a empresa a permanecer, mas não teve êxito.
“Ainda tentamos ver o que eles estavam precisando. Eles disseram que já estavam resolvendo, que já haviam fechado com o Porto de Mucuripe, que seriam os operadores do Porto de Mucuripe e não teriam condições de ficar operando no Porto de Natal com mais ou menos o mesmo regime de cargas”, disse o secretário adjunto.
A CMA/CMG explicou que, entre os motivos para deixar o Porto de Natal, está o início da operação com navios que tem 260 metros de comprimento, o que dificulta as manobras de entrada e saída pela Foz do Rio Potengi.
Outra limitação que a empresa alegou é a altura da Ponte Newton Navarro, pode onde só passa embarcações com até 220 metros de comprimento e 52 metros de altura – o vão livre da ponte, que foi inaugurada em 2007, tem 55 metros.
A Ponte Newton Navarro também não possui defensas, um proteção nas base das colunas que daria mais segurança à estrutura da ponte e as embarcações em caso de acidentes, outro fato que foi alegado pela empresa.
A Corden informou que está em tratativas comerciais para substituir essas operações que vão deixar de ocorrer no Porto de Natal. Com relação à exportação de frutas, a Companhia informou pode iniciar uma nova grande operação no Porto de Natal a partir de julho.
Por enquanto, segundo a Codern, a exportação de frutas não será prejudicada. Isso porque a safra terminou e este período do ano costuma ser de baixa na exportação. A Companhia espera que entre agosto e setembro, no início da próxima safra, a demanda esteja superada.
Deu no g1