Frias e Weintraub são punidos pela Comissão de Ética da Presidência

Comissão de Ética da Presidência pune ex-ministros de Bolsonaro

 

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República impôs censura ética aos ex-ministros do governo Bolsonaro Abraham Weintraub e Mário Frias, por declarações consideradas polêmicas pelo colegiado enquanto ambos exerciam cargo no alto escalão do governo federal. O colegiado também instaurou processo disciplinar ético para investigar a conduta do ex-presidente da Embratur e ex-ministro do Turismo Gilson Machado.

Em decisão divulgada na última reunião extraordinária, o colegiado entendeu que Weintraub, que comandou a Educação, cometeu “desvios decorrentes de manifestações públicas de caráter antiético contra a imagem das Universidades Federais”, por declarações feitas em 2019. Na ocasião, em audiência na Câmara dos Deputados, Weintraub acusou “algumas” universidades federais de ter “plantações extensivas” de maconha.

Ao ex-ministro da Cultura e atual deputado federal Mário Frias (PL-SP), o colegiado impôs a punição por “violação às normas éticas em face de publicação feita em redes sociais” por postagens de 2021 com ofensas dirigidas ao esquerdista e ativista negro Jones Manoel e ao ex-governador de São Paulo João Dória.

Já Gilson Machado será investigado sobre sua conduta ética ao fazer “declarações ofensivas” a Lula em 2021, quando sugeriu que o então pré-candidato à Presidência da República precisava “de uma dose de cachaça” para conversar com o povo.

A censura ética é uma das punições previstas pelo Código de Conduta Ética da Alta Administração Federal, que fiscaliza o comportamento de integrantes do alto escalão do governo federal. Esse tipo de medida descredibiliza a ex-autoridade, já que lhe impõe uma punição sobre sua atitude ética, o que pode interferir em eventuais novas contratações públicas.

Deu na Jovem Pan

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