O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, deve comparecer à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara nesta terça-feira (28) para prestar esclarecimentos sobre o 8 de Janeiro e a revogação de decretos que facilitavam a comercialização de armas. Convidado para outras duas comissões, Dino é o principal alvo dos deputados entre os 21 ministros já chamados para depor.
Ele é o primeiro ministro do terceiro governo Lula a ir até a Câmara prestar esclarecimentos.
Apesar de não ser obrigado a comparecer quando é convidado, Dino firmou compromisso com os parlamentares de ir a três comissões. Além da CCJ, o ministro foi requisitado nas comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. A data provável para comparecer esses dois outros colegiados é 11 de abril.
Por acordo, os parlamentares da base do governo conseguiram converter os requerimentos de convocação, quando a autoridade é obrigada a depor, por convites.
Na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, liderada pelo PL, maior partido da oposição, o gesto ocorreu após Dino receber os membros do colegiado para tratar sobre as medidas que restringiram o acesso a armas e munição. Os parlamentares reivindicaram, entre outros pontos, a prorrogação do prazo de recadastramento e esperam uma resposta positiva ainda nesta terça-feira.
Na CCJ, Dino será questionado sobre a atuação do governo federal nos atos de 8 de janeiro em Brasília. O viés, no entanto, deve ser o oposto. Por ser comandada pelo PT, a expectativa é que na CCJ o ministro seja menos pressionado a explicar a suposta omissão do governo federal para impedir os ataques aos prédios públicos.
Deu no R7