Justiça manda soltar homem que passava informações para o PCC

Magrelo estava preso em um dos principais redutos do PCC | Foto: Reprodução/Redes sociais

 

A Justiça mandou soltar Alex Monteiro Lino, o Magrelo, acusado de utilizar o sistema de câmeras do governo de São Paulo para repassar informações ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

Magrelo disse à Polícia Civil que teve acesso remoto ao sistema do governo paulista por R$ 55 mil. Ele teria conseguido o acesso através de um contato indicado por um criminoso. Isso ocorreu em 2022, quando Magrelo estava preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Belém.

A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo (PM-SP) prendeu Magrelo em 6 de outubro do ano passado. Na cada dele, localizada no centro da capital paulista, os policiais apreenderam um computador e um telefone celular. Os aparelhos estavam logados na rede de intranet da PM-SP e no Detecta — o programa de monitoramento da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou Magrelo à Justiça em 17 de outubro de 2022. Em 16 de março deste ano, no entanto, a 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital decidiu liberá-lo.

A Justiça também revogou a prisão preventiva de Magrelo e rejeitou a denúncia contra ele. “Houve ausência de requisitos para configurar crime de organização criminosa imputado ao acusado”, diz a decisão.

Magrelo disse à Polícia Civil que pagou os R$ 55 mil por meio de um depósito bancário. Ele revelou ainda que diversas pessoas, entre presos e egressos do sistema prisional, o consultaram para receber informações do Detecta.

As informações serviam para ajudar os criminosos a monitorar a movimentação de viaturas policiais. Magrelo cobrava R$ 1 mil por consulta. Ele fazia 30 consultas por mês, em tempo real, para 15 assaltantes.

Segundo a Corregedoria da PM, Magrelo não conseguiria acessar as senhas sem a participação de algum policial militar com acesso ao sistema interno da corporação. Contudo, o inquérito da Polícia Civil não identificou nenhum PM suspeito de participar do esquema.

Magrelo estava preso na Penitenciária 1 de Mirandópolis, em São Paulo. O presídio é um dos principais redutos do PCC no sistema prisional paulista.

A informação é do portal UOL.

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