Bancos privados suspendem oferta de empréstimo consignado do INSS

Pessoas em frente a uma agência da Previdência Social

 

Ao menos oito bancos informaram nesta quinta-feira, 16, que irão suspender a modalidade de crédito consignado para aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A decisão vem após o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) baixar as taxas máximas de juros deste tipo de empréstimo de 2,14% para 1,70%. Entre as instituições que comunicaram clientes e o mercado sobre a mudança estão Bradesco, Santander, Itaú, Mercantil do Brasil, Pagbank, Daycoval, Bem Promotora e PAN.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou que a justificativa da medida adotada pelos bancos é que, com as novas taxas, não há condições para pagar o custo de captação novos clientes. Aproximadamente 89% do crédito consignado de aposentados do INSS é concedido por bancos privados, enquanto a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil dividem o percentual restante.

Instituições do setor bancário se posicionaram de forma crítica à medida. “O setor financeiro já havia se manifestado – e agora reitera a posição – junto ao Ministério da Previdência, INSS e a outros interlocutores no governo, afirmando que, neste momento, considerando os altos custos de captação, eventual redução do teto poderia comprometer ainda mais a oferta de empréstimo consignado e do cartão de crédito consignado”, disse em nota a Febraban.

“Há preocupação de que os baixos tetos estabelecidos afetem de maneira relevante a oferta de crédito, de modo que este público seja obrigado a migrar para modalidades com taxas mais elevadas, como o empréstimo pessoal (taxa média de 5,24% a.m.). Como agravante, um levantamento junto às IFs associadas indicou que mais de 40% dos tomadores do Consignado INSS estão negativados, o que os levaria a recorrer linhas com taxas aproximadas de 20% a.m”, complementou a Associação Brasileira de Bancos (ABBC).

Deu na Jovem Pan

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