Um levantamento inédito, realizado com uma base de dados de 2,5 milhões de pacientes da Conexa, maior player de saúde digital da América Latina, apontou que entre os meses de agosto a outubro de 2022 o uso de telemedicina gerou uma economia de R$12 milhões, equivalente a 80% ao custo estimado caso os atendimentos fossem realizados na rede física. Os mais de 57 mil atendimentos por telemedicina para urgências e emergências realizados no período resolveram 88% das queixas, e apenas 1,5 mil pacientes foram encaminhados ao pronto-socorro (PS) físico. Os custos totais dos atendimentos foram de pouco mais de R$ 3 milhões. Sem a telemedicina, as despesas seriam da ordem de R$ 15 milhões.
“Essa economia pode ser ainda maior se considerarmos que, no presencial, são solicitados em média 3 exames complementares por atendimento versus 0,8 solicitações da telemedicina”, explica Gabriel Garcez, diretor médico da Conexa. Em relação aos encaminhamentos médicos para o serviço presencial, o principal problema de saúde apontado pelos profissionais foi ansiedade, reforçando a importância dos cuidados com a saúde mental, além da física.
Outro achado do estudo chama atenção para necessidade de mudança nos hábitos e comportamentos da população. Do universo de 88% de resolubilidade, cerca de 10% dos pacientes que tiveram alta por telemedicina ainda acessaram o pronto-socorro presencial sem necessidade, reforçando que ainda precisamos avançar na adesão e cultura de atendimentos digitais para otimizar o sistema de saúde. “A principal queixa dos que foram ao PS presencial após o atendimento digital está relacionada com doenças infecciosas, como Covid-19 e Influenza, impondo o risco de infectar outros pacientes que realmente necessitavam do serviço físico”, finaliza Garcez.