O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, está prestes a se encontrar com o presidente Lula, na segunda-feira 6, para prestar esclarecimentos sobre o uso indevido de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) e o recebimento de diárias. Filho alega que não fez “nada de errado”.
Juscelino também é acusado de pressionar a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) para beneficiar uma empreiteira do Maranhão envolvida em irregularidades, com um contrato de R$ 54 milhões.
O pedido de afastamento do ministro já foi feito pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, mas não é unânime no governo e entre aliados de Lula. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, defendeu Juscelino e disse que o PT já foi vítima de pré-julgamentos injustos no passado.
O ministro das Comunicações rebateu as acusações e afirmou que tem direito à presunção de inocência.
“Eu sou o maior interessado nessa reunião, porque quero deixar claro que não fiz nada de errado, e que as denúncias são infundadas”, afirmou Juscelino por meio de sua assessoria.
As denúncias contra o ministro surgiram após uma série de reportagens do jornal O Estado de S. Paulo. As notícias informaram que Juscelino usou um avião da FAB para ir a São Paulo, onde participou de leilões de cavalos, além do recebimento de diárias mesmo tendo cumprido apenas duas horas de agendas relacionadas ao cargo no Estado.
Deu na Oeste