O brasileiro Begoleã Mendes Fernandes foi preso no aeroporto de Lisboa, na terça-feira (28), quando tentava voltar para Belo Horizonte (MG), sua cidade natal. Os funcionários de embarque suspeitaram do homem, que portava documentos italianos falsos e um passaporte holandês vencido.
Após apuração, os funcionários do aeroporto descobriram que Begoleã estava sob investigação criminal na Holanda, país em que o jovem residia. O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) encontrou um mandado de captura e extradição para Fernandes sob a suspeita de matar um homem de 21 anos, em Amsterdã.
A vítima do assassinato, que aconteceu em 26 de fevereiro, se chamava Alan Lopes e residia na capital holandesa havia sete anos com a mãe e a irmã. O suspeito do crime era amigo de Alan e frequentava sua casa havia mais de um ano.
Nesse contexto, os funcionários decidiram fazer uma revista na mala do brasileiro e encontraram roupas com vestigíos de sangue, uma corda, um telefone e pedaços de carne embalados em plástico.
O material foi enviado para análise e, segundo o jornal português Correio da Manhã, o Instituto de Medicina Legal de Lisboa confirmou que a amostra analisada é de carne humana, mas que não pertence a Alan Lopes.
Em entrevista ao jornal holandês Parool, os amigos em comum dos envolvidos contaram que Begoleã estava tendo problemas com drogas. O jovem, que trabalhava como entregador, estava sendo ajudado por Alan.
O grupo também afirmou que Fernandes pensava que Alan queria comê-lo, e, antes do crime, recebeu mensagens sucintas de Begoleã, nas quais o homem dizia que precisou se defender de Alan, que era um canibal, e por isso o matou. Em seguida, ele sumiu, e os amigos acionaram a polícia.
A família da vítima afirmou que Alan sempre teve bom coração e tentava ajudar todos. A mãe e o padrasto lamentaram o fim trágico do filho.
No momento, o suspeito está no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, para verificar uma lesão na mão direita. Depois da avaliação, ele será encaminhado ao Tribunal da Relação de Lisboa para o primeiro interrogatório judicial.
Deu no R7