O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) intensificou a cobrança ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a nomeação da direção do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), órgão responsável por cuidar da política de reforma agrária. Após quase dois meses de governo, ainda há divergência sobre quem assumirá o comando.
O coordenador nacional do MST, João Paulo Rodrigues, criticou a demora, afirmando que a falta de definição acende uma “luz amarela”. Ele ressaltou, ainda, o papel do Incra de “cuidar de todas as áreas de implantação do programa de reforma agrária”. “Nem precisamos lembrar a importância deste órgão para o povo do campo”, completou.
Antes do carnaval, o movimento já considerava como certa a indicação da advogada petista Rosilene Rodrigues, ex-secretária de Agricultura de Sergipe. Internamente, o que repercutia é que havia aprovação do nome por parte do presidente Lula. No entanto, o deputado Airton Faleiro (PT-PA), coordenador do núcleo agrário do PT na Câmara, negou a informação.
“Ao contrário do publicado anteriormente, ainda não está definida a presidência do Incra. Temos informações de que a companheira Rosilene Rodrigues não será mais nomeada para função”, escreveu, pelas redes sociais, completando que a definição é urgente.
A mensagem desagradou a liderança do MST, que aponta um descompasso entre os ministros e parlamentares da base no Congresso Nacional. Sem um nome, a alegação é que as superintendências nas unidades regionais do Incra ficam comprometidas e a pauta agrária, suspensa. A coordenação do movimento quer intensificar a tratativa com o governo federal para adotar medidas emergenciais para as famílias acampadas.
Deu no R7