Aproximação com governo Lula racha Centrão e expõe desconfiança mútua em negociação por cargos

Lula

 

A tentativa de aproximação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os partidos do Centrão é marcada por um clima de desconfiança mútua e causou uma espécie de cisão nas bancadas destas siglas. Com o início da nova legislatura e a vitória histórica de Arthur Lira (PP-AL) na Câmara, articuladores do Planalto iniciaram as primeiras movimentações para destravar as indicações para os segundo e terceiro escalões da máquina pública, a fim de ampliar a base de apoio no Congresso Nacional.

Em alguns casos, porém, o acordo esbarra em pedidos ambiciosos. Segundo apurou o site da Jovem Pan, o comando da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), da Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste) e do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), além de diretorias dos Correios, por exemplo, estão entre as prioridades dos caciques partidários. Por outro lado, alas menos pragmáticas destas legendas defendem uma oposição firme ao Planalto e cogitam, inclusive, obstruir votações de propostas tidas como fundamentais para o Executivo.

Interlocutores de Lula ouvidos pela reportagem afirmam que o presidente da República quer testar a fidelidade dos congressistas antes de avançar nas negociações. Líderes de partidos como Progressistas (PP), Partido Liberal (PL) e Republicanos, no entanto, condicionam a entrega de votos à concessão de espaços no governo.

Mais do que isso, a entrega de cargos estratégicos de alguns ministérios a aliados do Planalto está entre as principais reclamações do Centrão. Um dos casos mais citados envolve o Ministério do Turismo. A pasta foi entregue à deputada federal Daniela Carneiro, que é do União Brasil, mas a autarquia especial ligada à pasta, o Instituto Brasileiro de Turismo (EMBRATUR), foi entregue ao ex-deputado federal Marcelo Freixo, que deixou o PSB para se filiar ao PT.

Deu na Jovem Pan

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