A ex-presidente Dilma Rousseff irá comandar o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), parte do grupo do Brics, composto pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A decisão foi acertada pelo governo Lula junto com os parceiros de cada país.
Dilma havia sido cogitada para uma indicação em uma das embaixadas, como a de Portugal, por exemplo. Agora, ela assume o lugar até então ocupado pelo diplomata Marcos Troyjo, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Um dos assessores diretos de Lula, segundo informou o portal g1, revelou que a decisão foi indicá-la para chefiar o banco do Brics, responsável pelos projetos para aplicação de recursos nos países integrantes do grupo.
Com o novo governo, Troyjo deve ser escalado para trabalhar com o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas.
A indicação de Dilma já teria sido aprovada pelos parceiros do Governo o nome dela deve ser oficializado ainda neste mês de fevereiro.
HISTÓRICO DO DILMA
A política nasceu em Belo Horizonte, em Minas Gerais, e está, atualmente, com 75 anos. Formada em economia, ela integrou organizações de esquerda clandestinas durante a ditadura militar, quando foi presa e torturada.
Já no Rio Grande do Sul, Dilma ajudou a fundar o Partido Democrático Trabalhista (PDT), mas acabou se filiando ao PT em 2001.
Durante os dois governos Lula, foi ministra de Minas e Energia e chefe da Casa Civil. Além disso, ficou no comando da gerência do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Já em 2010, foi eleita presidente e, em 2014, acabou reeleita. Entretanto, em 2016, foi alvo de processo de impeachment e teve o mandato cassado. A tentativa de retornar a política aconteceu em 2018, quando disputou uma vaga para o Senado de Minas Gerais, mas não se elegeu.