Nesta quarta-feira, 1º, inicia-se oficialmente a 53ª legislatura do Congresso Nacional, com a posse de deputados federais e senadores eleitos e reeleitos no dia 2 de outubro do ano passado. Os primeiros exercerão um mandato no quadriênio 2023-2027. Os integrantes da Casa Alta do Parlamento brasileiro, por sua vez, terão oito anos no Legislativo. Entre novos personagens e velhos conhecidos do eleitor, o Congresso que saiu das urnas é fundamentalmente formado por parlamentares de direita – boa parte deles diz seguir o receituário conservador.
O deputado mais votado do país é um exemplo disso. Em seu perfil noTwitter, Nikolas Ferreira (PL-MG) se apresenta como “cristão e conservador”. O Partido Liberal (PL), inclusive, elegeu a maior bancada da Câmara dos Deputados, com 99 cadeiras, o que significa cerca de 20% de toda a Casa. Além de Nikolas, figuram nesta lista nomes como Eduardo Bolsonaro (SP), Carla Zambelli (SP), Ricardo Salles (SP) e Bia Kicis (DF). A título de comparação, os 10 partidos que integraram oficialmente a coligação do agora presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022 elegeram 122 nomes.
Mais do que isso, entre os 10 eleitos mais bem votados do Brasil, apenas dois estão filiados a legendas de centro-esquerda e esquerda: Guilherme Boulos, do PSOL, e Tabata Amaral, do PSB. As duas siglas integram formalmente a base de apoio do governo Lula. Os demais pertencem à centro-direita e à direita, casos do Progressistas (PP), Republicanos, União Brasil e Podemos.
Configuração semelhante é vista no Senado Federal, que teve um terço cadeiras (27 das 81) renovadas no pleito do dia 2 de outubro. Com os parlamentares eleitos à época, o PL também alcançou o posto de maior bancada da Casa, com 14 cadeiras. Nomes identificados com o governo Bolsonaro, como o ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) e os ex-ministros Sergio Moro (União Brasil) e Damares Alves (Republicanos), também foram eleitos por outros partidos.
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