Com risco fiscal, investidores deixam Brasil e vão para a Ásia

Em 2022, a Bolsa de Valores brasileira fechou o ano na frente do S&P 500, dos Estados Unidos

 

Os investidores estão buscando novos mercados para aplicar o capital em busca de mais rentabilidade. Desse modo, sai de cena o Brasil e surgem China e Coreia do Sul. Além da performance superior que esses países podem entregar, questões domésticas brasileiras, como ficais e macroeconômicas, fizeram com que os investidores trocassem o país pelo continente asiático.

A avaliação é do chefe da área de mercados emergentes e investimentos globais do Goldman Sachs, Caesar Maasry. O executivo disse que ainda não está claro qual será o efeito econômico, e consequentemente nos resultados das empresas, da transição governamental.

“Queremos ter clareza em relação às manchetes políticas, se vão se acalmar. Apesar de não ter opinião forte sobre o tema, sempre que um mandatário aparenta ter muita autoridade e poucos contrapesos em um governo, é um sinal de alerta para investidores”, disse Maasry ao jornal Valor Econômico.

Em 2022, o Ibovespa — índice que reúne as grades empresas de capital aberto na Bolsa de Valores — avançou e fechou o ano na frente do S&P 500, índice que reúne as maiores companhias do mundo listadas nas principais Bolsas de Valores dos Estados Unidos. “Nunca vimos isso nas últimas duas décadas. Então, os ativos brasileiros partem de uma base elevada”, explicou.

Para Maasry, as medidas adotadas pelo Banco Central para realizar o ciclo de aperto dos juros ajudaram a impulsionar a participação estrangeira no Brasil durante o ano passado. No entanto, o “entusiasmo do investidor internacional já passou”.

Deu na Oeste

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