Rogério prevê reação de congressistas contra Lula

Rogério Marinho se lança presidente contra paralisia de Pacheco e o  ativismo judicial - Diário do Poder

 

O início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem desagradado boa parte dos parlamentares no congresso. Entre esses, o senador diplomado, Rogério Marinho (PL), que disputa a presidência do Senado, avalia que haverá grande embate no parlamento, caso Lula prossiga seu mandato adotando medidas que considera retrógradas para o desenvolvimento do país, o que deve demandar, na sua perspectiva, uma reação imediata dos congressistas.

“Há um incômodo muito grande de todos nós com a forma como esse governo está chegando. Primeiro com a responsabilidade fiscal, que permitir que ao longo desse ano tenhamos um embate claro dentro do Parlamento”, disse o senador em entrevista ao programa Oeste Sem Filtro, do canal do youtube da Revista Oeste.

Ele acredita que o presidente Lula tentará aumentar impostos, de modo que vai onerar a sociedade como um todo, elevando a inflação e dificultando para quem quer empreender. “Ao mesmo tempo vai gerar uma menor quantidade de empregos, o que impacta negativamente na população brasileira como um todo. Tudo isso também tem gerado insatisfação”, explicou.

Após o presidente Lula assumir e imediatamente editar uma série de decretos e medidas provisórias, revogando decisões da gestão anterior, Marinho já tinha ido a público criticar as alterações em marcos regulatórios e na política de privatizações.

Segundo ele, marcos regulatórios importantes que permitiram mais de R$ 1,3 trilhão em recurso privados contratados estão sob risco, porque os investidores o fizeram com regras claras que estão sendo relativizadas. “Que o Senado tenha independência para fazer esse contraponto e essa discussão para amadurecer junto com a sociedade brasileira qual é o rumo, a agenda que nós queremos e não a imposição de cima para baixo, como o alinhamento do governo federal”, pontuou.

Também tem preocupado as ameaças de revisar reformas estruturantes, como a trabalhista e a previdenciária, ambas que tiveram forte atuação dele para a aprovação no Congresso nas gestões dos ex-presidentes Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).

“A ameaça de se reaver as reformas estruturais que ocorreram nos últimos seis anos e a questão dos marcos regulatórios ligados aos portos e saneamento, pela sua velocidade mostra extrema avidez do Governo que está começando de destruir um legado que colocou o país nos trilhos. Então tudo isso está em risco, por isso a necessidade que o Senado possa fazer esse contraponto para frear essa agenda atrasada e de retrocesso que vai vitimar principalmente a população mais fraca do país”, frisou.

Ele destacou ainda que não pretende se tornar inimigo do governo. “Não pretendo ser presidente do Senado para ser adversário do Governo, mas para ser aliado do Brasil. Se qualquer projeto de lei de alguma forma ajudar a sociedade brasileira, vai ter nosso apoio, mas se for como estamos vendo, a agenda do atraso, do corporativismo, do aparelhamento da máquina pública, da volta ao filme que vimos no passado da corrupção, da política dos companheiros, evidentemente iremos nos colocar no contraponto dessa situação dentro da democracia”, alertou.

Com informações do Tribuna do Norte.

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