Secretário de Finanças do RN prevê começo de 2023 “difícil”

 

O secretário estadual de Planejamento e Finanças, Aldemir Freire, defendeu nesta quinta-feira 22 o aumento do ICMS que foi aprovado pela Assembleia Legislativa nesta semana e que deverá ser sancionado pela governadora Fátima Bezerra (PT) nos próximos dias.

Segundo o secretário, o aumento é uma garantia de receita para o Estado, já que não há previsão de quando o Governo Federal repassará a compensação pelas perdas de receitas provocadas pela redução do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica e telecomunicações.
Aldemir registrou que, apesar de ser uma medida impopular, o aumento sequer compensa todas as perdas de receitas do Estado. Ele lembra, ainda, que o projeto prevê redução de imposto para alguns produtos, em contrapartida.

“A gente esta aumentando temporariamente a alíquota de 18% para 20%, tendo validade apenas por nove meses de 2023. Nós estamos, como uma forma de compensação, reduzindo o ICMS da cesta básica de alguns produtos, de 18% para 7%.

Questionado sobre a relação com o novo governo federal, do presidente eleito Lula (PT), agora aliado da gestora do Estado, Freire disse que espera melhor diálogo, mas pede cautela devido aos desafios fiscais no próximo ano. “A gente espera que tenha uma relação melhor de estados e municípios com a união. Todavia, nós vemos os seis primeiros meses de 2023 como os mais difíceis”, enfatiza o secretário.

Uma das principais preocupações, segundo o secretário, é a política de aumento de juros. Fator este que pode impactar as receitas devido à baixa arrecadação no próximo ano. “Outra coisa que me preocupa é que você tem hoje um nível de juros muito alto. Os juros estão afetando a rentabilidade das empresas. E, ao reduzir a rentabilidade das empresas, você tem lucros menores das empresas, e obviamente elas pagarão menos imposto de renda, que é a segunda principal fonte de receita”, disse.

Deu no Agora RN

Deixe um comentário

Rolar para cima
× Receba Novidades