Sem avisar, sem dar alarde e em um momento de crise entre as instituições, a Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (20) projetos que aumentam os salários de diversas autoridades da República. A proposta de reajuste de vencimentos dos próprios deputados foi chancelada por 348 votos favor e 45 contra. Todos os partidos da Casa orientaram suas bancadas a votarem favoravelmente, com exceção do Novo.
A proposta de reajuste estabelece que os integrantes do Executivo e do Legislativo tenham os mesmos vencimentos pelos próximos três anos. Atualmente, o presidente, o vice e os ministros de Estado ganham um salário bruto de R$ 30.934,70, enquanto os deputados e senadores recebem R$ 33.763,00.
A recomposição será de 37,32% e será paga de forma escalonada. Serão duas recomposições em 2023. A partir do dia 1º de janeiro, todos receberão R$ 39.293,32. E, a partir de 1º de abril, os vencimentos serão de R$ 41.650,92. Depois disso, os salários serão reajustados anualmente: R$ 44.008,52 em 2024 e R$ 46.366,19 em 2025.
Ainda de acordo com o projeto, deputados e senadores receberão, no início e no fim do mandato, uma ajuda de custo equivalente ao valor do subsídio. A ajuda de custo é paga para compensar despesas com mudança e transporte.
Tanto na Câmara quanto no Senado, a votação do projeto foi simbólica, sem o registro individual de como cada deputado votou. Os presidentes das sessões no momento da análise da matéria apenas pediram aos parlamentares favoráveis à matéria que permanecessem como se encontravam.
Deu no Conexão Política