China lidera lista de jornalistas presos; Irã entra no ranking

Momento em que o jornalista Ed Lawrence, da BBC, é algemado e detido por policiais chineses, em 28 de novembro | Foto: Reprodução/Twitter

 

Atualmente, 533 jornalistas estão presos em todo o mundo em decorrência do exercício da profissão. A informação consta de um balanço divulgado nesta quarta-feira, 14, pela ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF). Mais da metade dos profissionais presos está em cinco países: a China mantém 110 jornalistas em prisão; a Birmânia, 62; o Irã, que entrou para lista neste ano, 47; o Vietnã, 39; e Belarus, 31.

O Irã aumentou o número de prisões de jornalistas depois de meados de setembro, quando começaram os protestos pela morte da jovem curda Mahsa Amini, 22 anos, que morreu na prisão em 16 de setembro, depois de ter sido presa por usar de maneira inadequada o véu islâmico hijab.

“A China, onde a censura e a vigilância atingiram níveis extremos, continua a ser o maior carcereiro de jornalistas do mundo, com um total de 110 detidos atualmente. Eles incluem Huang Xueqin, um jornalista freelancer que cobria corrupção, poluição industrial e assédio de mulheres”, disse a ONG, no relatório. Durante os protestos no fim de novembro contra a política de covid zero, um profissional da BBC foi preso na China.

O número de jornalistas presos é maior do que em 2021, quando 488 estão detidos em todo o mundo. “Os regimes ditatoriais e autoritários estão enchendo suas prisões mais rápido do que nunca, prendendo jornalistas”, declarou o secretário-geral da RSF, Christopher Deloire. Segundo ele, esse recorde de prisões “confirma a necessidade premente e urgente de resistir a esses governos sem escrúpulos”.

Segundo o RSF, três quartos dos jornalistas presos estão em duas regiões do mundo, já que quase 45% estão detidos na Ásia e 30% no Magreb, região no noroeste da África, e no Oriente Médio.

Deu na Oeste

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