Julgamento de anestesista preso por estuprar paciente durante parto começa nesta segunda-feira (12)

 

A primeira audiência de instrução e julgamento do anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, acontece nesta segunda-feira (12).

Ele foi preso e autuado em flagrante há cinco meses no Hospital da Mulher Heloneida Stuart, no município de São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Funcionários da unidade observaram atitudes suspeitas de Giovanni e trocaram de sala para conseguir um vídeo, enviado à polícia, em que ele estuprava uma paciente sedada durante o parto.

O laudo da perícia constatou que o médico aplicou sete vezes os sedativos na vítima. De acordo com os peritos, a quantidade ultrapassa a quantidade usual utilizada em cesarianas, como foi notado pela equipe de enfermeiras que registraram o crime em vídeo. Outro detalhe, divulgado pelo Fantástico após acesso ao vídeo de 1h e 36 minutos utilizado para denunciar Giovanni, é que as vias aéreas da gestante foram obstruídas pelo profissional. O estupro durou 10 minutos ao todo.

Após a prisão, o Ministério Público apresentou uma denúncia que aponta crime de estupro de vulnerável. Além disso, são mais de 40 possíveis casos investigados pela Polícia Civil envolvendo pacientes do anestesista. Giovanni esteve aguardando julgamento preso no pavilhão 8 do Complexo Penitenciário de Gericinó, antigo Complexo Penitenciário de Bangu, em uma cela individual, reservada a encarcerados com ensino superior. O isolamento também foi necessário por conta de ameaças.

A defesa do acusado alegou que as imagens foram feitas ilegalmente, pois o celular estava escondido dentro de um armário dentro da sala de parto. No entanto, a alegação não foi aceita. A Justiça afirmou que em situações de crime como esta, da vítima estar sedada, a equipe foi correta em protegê-la coletando provas. Outro pedido da defesa foi para o cliente responder em liberdade, além da realização de um teste psicológico pois Giovanni teria transtornos e utilizaria medicamentos para o aumento do apetite sexual, também negado pela Justiça.

Em entrevista ao Fantástico, a vítima relatou o seu sofrimento após sofrer abuso durante o parto de seu filho.

“Em vez de eu sair pela porta da frente, com meu filho no colo, eu saí pelos fundos do hospital. Escondida. Com vergonha. O que eu quero é que ele não possa mais tocar em mulher nenhuma dessa forma”, disse a vítima em entrevista exibida no programa de TV.

Informações do R7

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