O relatório apresentado pelo PL ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com inconsistências nas urnas já têm os dados do primeiro e segundo turnos, segundo informou o deputado federal paranaense Felipe Barros.
Ele explicou que “o arquivo de log é sequencial e único para cada urna e incluem todos os lançamentos do 1º e do 2º turno”, por isso acredita que o ministro Alexandre de Moraes “não deve ter consultado os técnicos do TSE” ao exigir também os dados de 1º turno,
Em decisão de claro significado político, Moraes deu 24 horas para que o Partido Liberal apresente as informações sobre a eleição de primeiro turno, na qual a sigla elegeu as maiores bancadas da Câmara e do Senado, mas curiosamente não reelegeu Jair Bolsonaro.
Felipe Barros afirmou que seu partido deseja transparência, ainda que a comprovação das irregularidades resulte da perda de mandato de alguns eleitos. Para ele, “não há democracia sem transparência”.
O relatório apresentado pelo PL foi elaborado pelos professores Carlos Rocha (um dos criadores da urna eletrônica), Marcio Abreu e Flávio de Oliveira, todos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).
Cada urna tem um histórico (log), explicou o deputado, de tudo que aconteceu nela e todas possuem um código de identificação próprio. Assim, cada log deve estar vinculado ao código de identificação daquela urna. Porém, as urnas de modelo anteriores a UE2020 apresentam um mesmo código, como se mais de 250 mil urnas tivessem a mesma identificação, o mesmo “CPF”.
“Se não há individualização de cada urna”, diz o parlamentar, “não há como comprovar que aquele log (histórico) é daquela urna específica”.
O PL cobra providências e explicações para o fato de que as urnas com essa inconsistência registrarem mais votos para o candidato eleito.
Deu no Diário do Poder