O professor de jornalismo da UFRN, Daniel Dantas Lemos, enviou para a imprensa uma nota de esclarecimento a respeito das críticas que recebeu ao assumir a direção do Departamento de Jornalismo, dois anos após receber acusações de assédio contra alunas.
Nesta quinta-feira (3), o DCE da UFRN divulgou uma nota ao impugnar a eleição de Daniel Dantas Lemos, que recebeu apenas 12 votos dos alunos, mas foi eleito mesmo assim, por ser chapa única.
Leia o texto na íntegra:
“Todas as acusações de que fui alvo foram devidamente apuradas nas instâncias devidas. A punição administrativa que recebi foi adequada ao que efetivamente e afinal ocorreu, conforme concluiu a sindicância que respondi. A UFRN nunca deixou de atuar, investigar e punir ou não, quando necessário, quaisquer das denúncias que tenham sido efetivamente feitas. Nada devo a esse respeito e nada ficou sem investigação.
Não existe óbice administrativo nem de qualquer outra ordem para que eu possa ter sido eleito à coordenação do curso, ao lado da colega Valquíria Kneipp. O processo de eleição foi, a meu ver, transparente: inteiramente discutido no âmbito deliberativo do DECOM, com seu edital e seus prazos informados a toda comunidade pelos sistemas e pelos murais do departamento. Em consultas como essa e ainda mais com chapa única não há obrigação de quórum. Então, normalmente se faz menos campanha, etc.
Também acho importante ressaltar que antes de inscrevermos nossa chapa, eu e Valquíria consultamos os 14 docentes do curso de jornalismo porque acredito que uma função como essa que demanda muito trabalho necessita ser tratada como ação coletiva, como projeto de todos. Nenhum colega questionou a composição. Pelo contrário, tivemos o devido apoiamento e, só depois disso, nos inscrevemos para a disputa.
O direito de recurso existe e pode ser tomado por quem se sente prejudicado. De minha parte, pretendo continuar contribuindo com o curso e o departamento dando aula, orientando pesquisas, mestrado, doutorado e em quaisquer funções administrativas que venha assumir.
Sou um servidor público e não posso me furtar a continuar servindo ao público naquilo que é minha responsabilidade e função. Não posso ficar preso a uma história cuja apuração e cujos resultados já foram devidamente finalizados”.