Flamengo e Athletico Paranaense terão, no mínimo, 90 minutos para definir quem traz do Equador a cobiçada Copa Libertadores da América. Marcada para este sábado, 29, a final do principal torneio de clubes do continente sul-americano terá início a partir das 17 horas.
A trajetória dos rubro-negros carioca e paranaense até esta decisão, demonstra que estarão, frente a frente, estilos de jogo tão distintos quanto surpreendentes.
Dos 12 jogos que levaram o Flamengo a mais uma disputa de título, o time carioca terminou o 1º tempo à frente no placar nove vezes (75% das partidas), provando ser um elenco que busca a vitória tão logo soa o apito inicial. Isso fica claro quando olhamos o momento do jogo em que a equipe balançou a rede.
Segundo cálculos feitos a partir dos dados de Flashscore (plataforma especializada), o Flamengo marcou quase 40% de seus 32 gols na competição até os 15 minutos iniciais de cada tempo de jogo. Em toda a campanha, o rubro-negro carioca só saiu atrás no marcador contra os argentinos Talleres e Vélez Sarsfield.
Por isso, e pela sofrida experiência vivida no título de 2019, quando os dois gols da vitória de virada em Lima saíram nos acréscimos, o Flamengo deve ir ao ataque desde o primeiro instante da decisão contra o Athletico, que por sua vez deve seguir o padrão de jogo adotado desde a chegada do técnico Luiz Felipe Scolari.
Sob o comando do experiente treinador, o Furacão teve uma épica arrancada em oito jogos rumo à final, com cinco vitórias e três empates. Esses resultados obedeceram a uma espécie de cartilha: sempre que foi para o intervalo em vantagem no placar (50% das partidas com Felipão), o Athletico recuou na segunda etapa e passou a jogar no erro dos adversários que, em geral, terminaram os duelos pressionando mais e com mais posse de bola.
Enquanto o Flamengo procurou resolver seus jogos no início, o Athletico mostrou-se incansável toda vez que precisou buscar o resultado, tendo sido feliz especialmente nos minutos finais de partidas desta Libertadores.
Nas decisões de vaga contra Libertad-PAR (oitavas-de-final), Estudiantes-ARG (quartas-de-final) e Palmeiras (semifinal), o Furacão marcou gols importantes depois dos 40 minutos do 2º tempo, impedindo assim que a classificação fosse definida nos pênaltis em cada uma dessas ocasiões.
Neste sábado, em Guayaquil, empate no tempo normal leva o jogo para a prorrogação (em caso de igualdade após o tempo extra, o campeão sairá nas penalidades). Os números do Flashscore sugerem que teremos fortes emoções na grande decisão da Libertadores da América. E deixam no ar uma grande incógnita sobre quem está mais preparado para a conquista da Glória Eterna.
Deu na Tribuna