O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, censurou reportagem do portal O Antagonista e determinou que o veículo remova conteúdo “sabidamente inverídico”, segundo o qual o chefe do PCC Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, declarou preferência de voto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à Presidência. A pena estipulada em caso de descumprimento da decisão é de R$ 100 mil por dia.
A decisão foi publicada na manhã deste domingo, 2. A censura de Moraes também se estende à Jovem Pan, aos perfis nas redes sociais do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus filhos, Eduardo Bolsonaro (deputado federal) e Flávio Bolsonaro (senador), a perfis de outros aliados do presidente do presidente, como a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). O jornalista Silvio Navarro, da revista Oeste, também foi citado na decisão de Moraes.
“A divulgação de fato sabidamente inverídico, com grave descontextualização e aparente finalidade de vincular a figura do pré-candidato a organização criminosa, indicando suposto apoio explícito do PCC à sua campanha, parece suficiente a configurar propaganda eleitoral negativa, na linha da jurisprudência desta corte”, disse Moraes.
“É preciso ressaltar, ainda, que situações similares, nas quais também se observou indevida manipulação de narrativa ou veiculação de fatos inverídicos visando a relacionar o candidato Luiz Inácio Lula da Silva já foram enfrentados e devidamente rechaçados pelo Tribunal Superior Eleitoral, o que indica a reiteração de tal prática com o evidente intuito de comprometer a lisura das eleições”, afirmou na decisão.
Deu na Revista Oeste