Em 10 anos, a população do Rio Grande do Norte cresceu, mas passou a ter menos jovens e mais idosos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre 2012 e 2021, toda a população das faixas etárias entre 0 e 29 anos ficou menor. Esse público representava 1,773 milhão de pessoas em 2012 e chegou 1,599 milhão no ano passado – uma queda de 9,8%.
Por outro lado, a população potiguar cresceu em todas as faixas etárias acima dos 30 anos.
Somente o público idoso, acima dos 60 anos passou de 352 mil pessoas em 2012 para 494 mil no ano passado – um aumento superior a 40%.
O grupo que teve maior queda foi o de crianças entre 0 e 4 anos. Em uma década, o número de pessoas nessa faixa caiu 18,2% – passou de 269 mil para 220 mil.
Já o grupo que mais cresceu foi a população entre 55 e 59 anos, que aumentou 70,7%, passando de 113 mil para 193 mil.
No gráfico abaixo, é possível ver a população, por faixa etária. As barras rosas são referentes a 2012 e as vermelhas a 2021.
Na década, o número de moradores do estado cresceu 7,8% – um aumento de 258 mil pessoas – segundo dados do IBGE. O estado saltou de 3.302.720 habitantes em 2012 para 3.560.903 em 2021.
Para o professor Ricardo Ojima, do Departamento de Demografia e Ciências Atuariais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o envelhecimento da população potiguar segue uma tendência mundial.
De acordo com ele, isso acontece devido a mudanças em padrões comportamentais da sociedade ao longo das últimas décadas, o que refletiu na diminuição do número de filhos nas famílias.
“Desde os anos 1980 e 1990, a região Nordeste e o Rio Grande do Norte já vêm mostrando redução do número de nascimentos. Por outro lado, nas outras faixas da população, a mortalidade vem caindo. Então mais gente permanece na população e menos gente está entrando na base da pirâmide etária. Hoje você tem aquela pirâmide etária com a base mais estreita e a maior parte da população concentrada na faixa de idade ativa, adulta. Num segundo momento, com o processo de envelhecimento e a manutenção dessa redução de nascimentos, a pirâmide praticamente vai inverter de posição, com número de idosos cada vez mais expressivo”, explica o professor.
Deu no G1