O Partido Republicano da Ordem Social (Pros) decidiu nesta segunda-feira (15) retirar a candidatura presidencial do coach motivacional Pablo Marçal e declarar apoio à chapa encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A decisão da nova executiva nacional do Pros foi unânime, mas não quer dizer que seja definitiva. O partido vive uma guerra interna, com batalhas diárias. Ela se dá em torno do comando da sigla.
No dia 5, o ministro Ricardo Lewandowski, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), concedeu liminar devolvendo o comando do partido ao seu fundador, Eurípedes Jr. A decisão foi referendada pelo plenário do TSE, por 4 votos a 3.
Até então, o presidente do Pros era Marcus Holanda, que havia bancado a candidatura presidencial de Pablo Marçal. Ele vem afirmando que questionará judicialmente a tentativa de retirá-lo da disputa eleitoral.
Em janeiro de 2022, Marçal foi destaque no noticiário por ter liderado uma expedição de 32 pessoas por uma área montanhosa em São Paulo como parte de seu programa de coaching motivacional. O grupo precisou ser resgatado pelos bombeiros, devido às más condições climáticas.
Caso o apoio do Pros a Lula seja mantido, a coligação em prol da candidatura do petista chegará a 10 partidos, igualando o recorde histórico de Dilma Rousseff em 2010. Conseguirá, também, aumentar em alguns segundos seu tempo de propaganda no rádio e na TV, que já é o maior.
A campanha começa oficialmente nesta terça-feira (16). Sem Marçal, serão 11 os candidatos à Presidência, sendo que ao menos um deles também corre o risco de não ter o seu pedido aprovado pela Justiça – o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), condenado no escândalo do mensalão.
Informações da Folha de São Paulo