A economia do Rio Grande do Norte criou 3.606 empregos com carteira assinada no mês de junho, resultado de 16.741 contratações e 13.135 demissões. O saldo cresceu 8,74% ante maio, sendo o maior registrado neste ano, e o melhor para o sexto mês do ano desde 2008, quando foram gerados 3.913 postos formais de trabalho.
As estatísticas são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quinta-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Previdência. Os dados mostram ainda que o Estado fechou o semestre com um saldo positivo de 5.785 postos formais, resultado de 95.398 admissões e 89.613 desligamentos no período.
Com o resultado, o estoque total de trabalhadores celetistas – ou seja, com vínculo formal de trabalho e direitos e deveres regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) formais — atingiu 445.442 no Rio Grande do Norte. Em junho, o mercado de trabalho formal cresceu em todas os setores, com destaque para a construção civil, que fechou o mês com 777 novas vagas.
Em seguida, vem a agropecuária, que voltou a contratar com o início da safra de vários grãos e, principalmente, da fruticultura, e apresentou o primeiro saldo positivo de 2022: 747 novos postos formais.
Esse resultado decorre de 1.026 contratações e 279 desligamentos. Nos meses anteriores, a agropecuária vinha registrando saldos negativos, com o número de demissões superando o de admissões. Entre janeiro e maio deste ano, durante a entressafra, o setor registrou saldo negativo de 5.348 empregos. Em janeiro, o agronegócio contratou 372 trabalhadores com carteira assinada e demitiu 1.691, ficando o saldo negativo de 1.219.
Em fevereiro, as empresas da agropecuária contrataram 391 pessoas e demitiram 1.624, terminando o mês com saldo negativo de 1.233. Em março, as estatísticas mostraram uma situação ainda mais negativa. O setor contratou 226 trabalhadores com carteira assinada e demitiu 2.366, ficando o saldo negativo de 2.140.
A agropecuária potiguar começou a mostrar leve recuperação em abril com a contratação de 442 e a demissão de 1.082, ficando saldo negativo de 640. Em maio, 463 trabalhadores foram contratados com carteira assinada e 479 desligados. Naquele mês, o saldo ficou negativo em 16 postos. No ano, o setor continua negativo em 4.601.
Para o segundo semestre, a expectativa é de geração de 50 mil empregos, segundo o titular da Secretária de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape), Guilherme Saldanha. Além disso, a Federação da Agricultura e Pecuária do RN (Faern) prevê aumento de investimentos na agricultura familiar potiguar, o que pode alavancar empregos.
“A cana-de-açúcar, que também é uma lavoura importante, a colheita ocorre no segundo semestre, a partir de agosto de setembro, também é algo que ajuda muito na geração de emprego. Eu não tenho dúvida de que vai contribuir muito, tornando esse saldo do Caged positivo”, complementa Saldanha.
Informações da Tribuna do Norte