A deputada estadual Janaina Paschoal (PRTB-SP), pré-candidata ao Senado Federal, concedeu uma entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta sexta-feira, 22, reiterando a pré-candidatura dela. Segundo a parlamentar, ela vai concorrer ao cargo de maneira independente, sem padrinho político, mesmo divulgando o apoio dela ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ela criticou colegas pré-candidatos de direita que tentam dissuadi-la da disputa e disse que ninguém vai conseguir fazê-la desistir da cadeira no Senado. “Eu não trabalho na pressão. Quando me pressionam, aí é que eu reajo. Comigo isso não vai funcionar. Eu nasci e cresci em São Paulo. Sou da zona leste de São Paulo. Ninguém dá ordem numa pessoa nascida e crescida na zona leste de São Paulo! Eu vou para o pau“, declarou.
Questionada sobre um tweet publicado [veja abaixo] nesta sexta-feira, 22, no qual diz que o nome do ex-ministro Marcos Pontes para disputar o Senado na chapa de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e como apoio de Bolsonaro seria dar a vaga do Senado para a esquerda. Segundo Janaína, o ministro não seria capaz de realizar um bom trabalho no Senado.
“Eu já tive oportunidade assistir uma palestra do ministro Marcos Pontes (PL), conhecido como astronauta. É um homem inteligente, tem uma história de vida bonita. Eu não faço nenhuma crítica a pessoa dele. Porém, com todo respeito, não é a Janaína pré-candidata, mas a Janaína cidadã, eu não votaria nele para o Senado. Porque eu quero no Senado alguém que conheça de Direito, as instituições, alguém que entenda o que o Supremo está decidindo e que tenha a capacidade de fazer críticas consistentes, sem ataques. O ministro, com todo respeito, não tem essa condição. Ele não foi testado nas urnas. Lançar o ministro é maldade do presidente. Não tem outra palavra. E eu não estou pedindo para o presidente me apoiar. Eu estou pedindo para ele não me atrapalhar. É só isso. Então, ele está fazendo de maldade porque eu não digo ‘amém’, porque não abaixo a cabeça. Eu já disse que vou votar nele, apoio, mas não sou pau mandado de ninguém. E falo isso com muito orgulho“, afirmou Paschoal.
“O que está difícil para as pessoas compreenderem é que eu não estou numa negociação. Eu não estou pedindo para o presidente me apoiar, nem para Tarcísio ou qualquer outra pessoa. Eu apresentei a minha pré-candidatura muito antes inclusive do Tarcísio se apresentar como pré-candidato [ao governo de São Paulo]. A minha pré-candidatura é independente, é anterior e vai ser mantida. Eu saí do PSL. Outras legendas grandes como PL, Republicanos, outras médias como PTB, e outras tantas me convidaram garantindo tempo de TV e valores, mas não garantiam de maneira categórica a legenda. A conversa era a seguinte: ‘Venha, Janaina, e depois a gente vai avaliar. Você pode sair a deputada, você vai ter recursos. Depois a gente avalia’. Alguns até diziam que me dariam a legenda, mas os presidentes dos partidos queriam ser meus suplentes. Na última pesquisa séria feita, eu estou na frente de todos eles [pré-candidatos bolsonaristas], eu só perco para o candidato da esquerda”, explicou a parlamentar.
Janaina Paschoal também comentou um áudio dela publicado nos últimos dias no Telegram, no qual ela fala sobre a dificuldade do presidente Jair Bolsonaro crescer nas pesquisas de intenção de votos.
“Eu uso o Telegram como uma rede social, como Instagram, como Twitter, só que o pessoal do Telegram é mais animado. Então, eu tinha feito algumas postagens por escrito, dizendo, ‘Gente, vamos ter humildade, vamos reconquistar quem se afastou. Não ataquem quem está querendo se reaproximar’. Quando alguém que em algum momento fez uma crítica faz uma postagem ao presidente vem aquele bando xingar, dizendo que quer surfar, que é interesse. Isso não é inteligente. Esse é um momento de reunir quem se afastou. Eu venho falando sobre isso. No lugar das pessoas começarem a refletir, começaram a me atacar. Aí, eu gravei aquele áudio. Não é que o Lula está forte. É que o Bolsonaro e o bolsonarismo bolha afasta as pessoas que votaram nele por não serem de esquerda, mas que também não concorda 100%, porque ninguém concorda 100% nem com os irmãos”, disse.
Deu na Jovem Pan