O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta quinta (7) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “é o mentor da morte” do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel.
A declaração foi proferida durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, enquanto o mandatário dizia que os integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes atuam para favorecer o petista.
“Ninguém confia no [instituto] Datafolha. Surpreendentemente, os três ministros do TSE confiam piamente no Datafolha. Não adianta falar que o outro lado está envolvido com as Farc, que o mentor da morte de Celso Daniel é o candidato deles, não vale nada”, declarou.
Em nota, a assessoria de Lula afirmou que os boatos de participação na morte do ex-prefeito são mentirosos e que o chefe do Executivo não tem provas das acusações.
“O senhor Bolsonaro é mundialmente reconhecido como um mentiroso, que fala coisas sem base ou prova nenhuma. Lamentamos a reprodução irresponsável das suas falas sem nenhuma base sobre os mais diversos assuntos – como pandemia e economia”, diz o texto.
O crime
Em janeiro de 2022, Celso Daniel foi encontrado morto com marcas de tortura e perfurações de tiros em uma estrada em Juquitiba (SP), dois dias depois de ter sido sequestrado após sair de um restaurante na capital paulista.
Filiado ao PT, Celso Daniel era o coordenador do programa de governo de Lula na campanha vitoriosa ao Palácio do Planalto naquele ano, sendo substituído por Antonio Palocci. Mesmo após 20 anos, o crime brutal parece ser uma ferida que nunca cicatriza.
À época, a Polícia Civil concluiu que o caso foi um “crime comum”. Apesar disso, o Ministério Público garante que a versão não se sustenta. O ex-presidente Lula nunca foi investigado formalmente.
Informações do Conexão Política